Em declarações à agência Lusa, Sara Pacheco, da direção nacional do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, disse que a estrutura sindical ainda estava a recolher dados a nível nacional, mas, pelas 09:50 já tinha informação relativa às principais unidades de saúde de maior dimensão de Lisboa, Porto e Coimbra, que indicava uma "adesão plena", afetando todos os exames que estavam marcados.
A responsável acrescentou que estes dados incluíam tanto o turno da noite como o da manhã, que arrancou às 08:00, mas eram ainda provisórios.
"Continuamos a recolher dados relativos a outras unidades do país", acrescentou.
Os técnicos de diagnóstico estão desde as 00:00 de hoje numa greve por tempo indeterminado, um protesto que pretende exigir a reposição do acordo que os sindicatos do setor dizem ter sido “violado pelo Governo”.
Está prevista para hoje à tarde uma manifestação em Lisboa, junto ao Ministério da Saúde, que o sindicato considera que será a maior de sempre.
“Mais de meio milhar de profissionais irá descolar-se do norte e centro do país para manifestar a sua indignação”, estima o sindicato num comunicado divulgado dois dias antes da paralisação.
Durante a manifestação, os profissionais pretendem entregar no Ministério da Saúde um manifesto com “denúncias sobre as iniquidades que se abateram” sobre os técnicos de diagnóstico e terapêutica.
Segundo os sindicalistas, tinha sido acordado entre sindicatos e Governo uma quota de 30% de lugares de topo de carreira para os profissionais de diagnóstico e terapêutica. Contudo, em Conselho de Ministros, essa quota foi diminuída para 15%, uma situação que está a indignar os profissionais.
Análises clínicas e exames complementares de diagnóstico devem ser os serviços mais afetados pela greve nacional destes profissionais, que não tem para já uma data para terminar.
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