Os sindicatos consideram que a proposta de carreira que "está a ser imposta pelo governo é injusta e desajustada".
Ao som de apitos e cornetas, os manifestantes gritam palavras de ordem como "Marta Temido, queremos o prometido. Salário, carreira há muito esquecidos" e empunham faixas, algumas negras, com inscrições como "discriminados - progressão - equidade - paridade" e "juntos somos mais fortes".
Em declarações à agência Lusa, José Abraão, em representação da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), fez um "apelo veemente" à ministra da Saúde, Marta Temido, "para que de uma vez por todas pare este problema. Dois anos é muito tempo, é preciso fazer justiça com estes profissionais e corresponder minimamente, com alguma razoabilidade, para que tenham uma carreira que dignifique a profissão e a atividade e inverta a tendência de degradação do funcionamento dos serviços onde cresce o desespero e a insatisfação das pessoas".
José Abraão garantiu que "a luta não terminará aqui se não houver uma resposta urgente" por parte do governo.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00:00 de hoje uma greve de 24 horas para exigir a revisão da carreira.
A paralisação de hoje é a quarta destes trabalhadores este ano. As anteriores decorreram em maio, junho e julho.
A greve é convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com fins públicos.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, num total de cerca de 10 mil profissionais que trabalham nos serviços públicos de saúde.
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