Num raro exercício de unanimidade, os 15 membros do Conselho "exortaram o governo de Israel a cumprir as suas obrigações internacionais, a respeitar os privilégios e imunidades da UNRWA e a cumprir a sua responsabilidade de permitir e facilitar a assistência humanitária completa, rápida, segura e sem entraves em todas as suas formas em toda a Faixa de Gaza".

"Qualquer tentativa de desmantelamento ou redução das operações” e "qualquer interrupção ou suspensão deste trabalho teria graves consequências humanitárias para milhões de refugiados palestinianos" e "implicações para a região", advertem.

Apesar da oposição dos EUA e da advertência do Conselho de Segurança da ONU, o Parlamento de Israel aprovou esta segunda-feira, com uma maioria esmagadora, a proibição "das atividades da UNRWA no território israelita", incluindo Jerusalém Oriental, um setor anexado por Israel.

Israel acusa a instituição de ter membros do movimento Hamas infiltrados.

A agência tem cerca de 18.000 funcionários entre a Cisjordânia ocupada e Gaza, dos quais 13.000 são professores e 1.500 são profissionais de saúde.

Os membros do Conselho pedem que todas as partes “permitam que a UNRWA cumpra o mandato (...) em todas as áreas de operação”, respeitando os princípios de “humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência” e o direito internacional, “incluindo a proteção de instalações humanitárias e da ONU”.