O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje à "solidariedade global" para que os cerca de 43,5 milhões de refugiados possam "reconstruir as suas vidas com dignidade", recordando o “número recorde” de pessoas forçadas a abandonar as suas casas.
Aprender português, aceder aos serviços de saúde ou encontrar um emprego foram algumas das dificuldades na integração apontadas por alguns refugiados com quem a ministra Ana Catarina Mendes almoçou hoje, que em comum tinham a gratidão pelo país de acolhimento.
A ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares reafirmou hoje a importância do respeito pelos direitos humanos e da solidariedade para com os refugiados, sublinhando que este é o principio de uma plena integração.
Quem está na linha da frente no apoio aos refugiados, sobretudo os que fogem de conflitos armados, também precisa garantir o próprio bem-estar, razão pela qual a Cruz Vermelha Portuguesa está a realizar formações sobre primeiros-socorros psicológicos.
Mais de 900 cidadãos estrangeiros, incluindo 59 menores não acompanhados, pediram este ano proteção a Portugal, afirmou a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), que observa um aumento face ao mesmo período de 2022.
O número de crianças deslocadas a nível mundial chegou a 43,3 milhões em 2022, novo recorde estimado pela UNICEF, que calcula que a guerra na Ucrânia tenha levado à fuga de mais de dois milhões de menores.
A Organização das Nações Unidas assinala hoje o Dia Mundial do Refugiado, destacando este ano o poder da inclusão, estando também previstas em Portugal iniciativas de organizações não-governamentais para debater o tema e homenagear pessoas refugiadas.
As crianças refugiadas e requerentes de asilo em Portugal enfrentam vários desafios à sua integração, como a barreira linguística, discriminação, falta de oportunidades educativas e profissionais, risco de pobreza e exclusão social, alertou a UNICEF Portugal.
Apenas 3% dos refugiados em todo o mundo conseguem aceder ao ensino superior, alertaram hoje as Nações Unidas (ONU), através de um concurso de eloquência para refugiados, realizado no Museu da Imigração, em Paris.
Portugal recebeu, nos últimos anos, 2.807 cidadãos estrangeiros ao abrigo de programas internacionais de acolhimento de pessoas, foi hoje anunciado pelo Governo, para assinalar o Dia Mundial do Refugiado.
A Amnistia Internacional organiza hoje uma vigília em Lisboa, à beira Tejo, junto à praça Europa, local simbólico para aludir às "portas da Europa', onde pretende chamar a atenção, incluindo do primeiro-ministro, para os problemas de acolhimento dos refugiados.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou contra a indiferença e os "discursos oportunistas" numa mensagem alusiva ao Dia Mundial do Refugiado, que hoje se assinala.
Os sonhos de Maher e de Safa ficaram adiados com a guerra na Síria, mas reencontraram a paz em Portugal, onde residem há dois anos ao abrigo de um programa de acolhimento de refugiados.