Segundo o gabinete do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) estão abrangidos 19.873 estudantes.
Estes alunos irão receber mais cedo, do que é habitual, a “sua primeira bolsa”, sublinhou a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na intervenção final do debate de atualidade sobre o arranque do ano letivo requerido pelo PCP que decorreu hoje no parlamento.
O encerramento coube à deputada comunista Paula Santos que criticou a postura do Governo, considerando que “veio a este debate como se o início do ano letivo estivesse a correr belissimamente”.
Paula Santos criticou a retórica do Governo, que “não tem qualquer correspondência com a realidade”, voltando a sublinhar os mais de 90 mil estudantes do ensino básico e secundário sem professor a todas as disciplinas ou os casos de alunos do ensino superior “que não encontram quarto, porque os custos são incomportáveis” e acabam por “abandonar os estudos antes do tempo”.
Paula Santos criticou o Governo por não apresentar “soluções para ultrapassar o problema da falta de professores”, lembrando que o PCP vai continuar a lutar pelo reconhecimento do tempo de serviço trabalhado: “Não aceitamos o apagão de 6 anos, 6 meses e 23 dias, que o Governo que impor”.
Sobre as dificuldades apontadas no ensino superior, lembrou que as camas anunciadas para os estudantes “não saem do papel” e que os alunos “não precisam de anúncios, precisam de soluções”.
Na sua intervenção final, também apontou o dedo ao PSD, a quem acusou de “ter muita lata” e de “hoje hipocritamente falar da falta de professores”, quando “convidou os professores a emigrar” ou por ter aumentado “o número de alunos por turma”.
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