Scholz reconheceu que muitos cidadãos estão “muito preocupados” porque querem que a guerra na Ucrânia “não se aproxime” e que o Governo alemão “não perca a coragem”, afirmou numa emissão de vídeo programada, no dia em que parte para uma digressão pela América Latina.
“Confie no Governo, confie também em mim! Tomamos decisões que são sempre consideradas e coordenadas a nível internacional”, disse, referindo-se à decisão anunciada esta semana.
Scholz salientou que, desde o início da invasão russa da Ucrânia, o seu governo sempre se orientou por três diretrizes: Fazer “o que é necessário” para apoiar a Ucrânia, evitar uma escalada – uma vez que “não pode haver guerra entre a Rússia e a NATO” – e, finalmente, agir em coordenação com os aliados da Alemanha, em particular os Estados Unidos.
O fornecimento de tanques de batalha, que segue decisões anteriores de entrega de howitzers, sistemas de defesa aérea e tanques leves, também foi alinhado com estes três princípios.
“O nosso objetivo é claro: A Rússia não pode escapar à mudança de fronteiras pela força”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros. “Prometo-vos que teremos sempre em conta a segurança da Alemanha”, acrescentou.
De acordo com uma sondagem transmitida na sexta-feira pela emissora pública ZDF, 54% dos cidadãos alemães acreditam que a decisão de enviar tanques de batalha para a Ucrânia é a correta, em comparação com os 38% que se lhe opõem, um resultado semelhante às sondagens publicadas na semana passada.
Embora o apoio ao envio de armas para a Ucrânia seja particularmente elevado entre os eleitores Verdes, é na sua maioria rejeitado pelos apoiantes da Alternativa da extrema-direita para a Alemanha (AfD) e da ala esquerda Die Linke.
Cerca de metade da população receia que a entrega de tanques de combate a Kiev aumente o risco de um confronto militar direto entre a Rússia e o ocidente, um receio que é particularmente pronunciado nas áreas correspondentes à antiga Alemanha de Leste.
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