“Maduro: Embaixadora da UE na Venezuela tem 72 horas para abandonar o país”, é o título do diário Últimas Notícias, tido como próximo do regime, precisando que a expulsão tem lugar depois de a União Europeia “impor sanções a 11 funcionários venezuelanos”.
Segundo este diário, Nicolás Maduro afirmou segunda-feira que as sanções da UE visam gerar medo e ameaçar os representantes que decidam inscrever-se para participar nas próximas eleições parlamentares.
“Preparem-se, senhores colonialistas, supremacistas e racistas, porque na Venezuela haverá eleições livres, transparentes e parlamentares com a participação de milhares de candidatos”, afirmou o chefe de Estado, citado pelo jornal.
Por outro lado, o diário El Nacional avança que “Nicolás Maduro atacou a União Europeia, segunda-feira, e disse que a embaixadora tem 72 horas para deixar o país”.
“O principal membro do regime assegurou que não teme as sanções”, destaca o mesmo jornal que citando palavras do chefe de Estado afirma que “a Europa fracassou” ao apoiar o opositor Juan Guaidó “e em vez de retificar incorre nas suas agressões contra as instituições venezuelanas”.
O jornal 2001 destaca que “as sanções da UE esquentam os ânimos com Miraflores (palácio presidencial) e que a embaixadora foi expulsa “após castigo contra vários funcionários” de Caracas.
O Cidade Caracas destaca que “Nicolás Maduro exige que a embaixadora da UE abandone o país” e que o Presidente exclamou que “já basta do colonialismo europeu contra a Venezuela!”.
Refere também que as sanções “fazem parte de uma estratégia de pressão para obstaculizar a celebração de eleições parlamentares previstas para este ano”.
O Jornal Tal & Qual destaca que a UE “tomará medidas de reciprocidade perante a expulsão da embaixadora da Venezuela”.
O portal Aporrea (Assembleia Popular Revolucionária Americana, principal portal de consulta da esquerda política no país) refere-se também ao ocorrido e afirma que “por ingerência o Presidente Maduro deu o prazo de 72 horas à embaixadora da UE para que abandone o país”.
Por outro lado, o portal Noticiário Digital destaca que a “Colômbia, o Paraguai e a Bolívia condenam a expulsão”.
“Distintos governos da região, que reconhecem Juan Guaidó (líder opositor) como Presidente interino, condenaram a expulsão da embaixadora como resposta a sanções emanadas desde Europa”, explica.
Segundo o Caraota digital a expulsão “deixa mais isolada” a administração de Nicolás Maduro e poderia acarrear medidas recíprocas dos países membros da UE, que “poderiam expulsar os diplomatas do regime e retirar os seus representantes na Venezuela”.
“Maduro tomou a precipitada decisão depois do anúncio de sanções contra Luís Parra (deputado) e outros 10 funcionários”, sublinha.
Segundo o Informe 21, Caracas está na disposição de ceder um avião para levar a embaixadora.
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