O documento, iniciativa do movimento cívico informal “Pelo Joãozinho”, vai ser enviado ao Governo de António Costa, à Assembleia da República e à Presidência da República de forma a lembrar a “justeza e urgência” desta obra, afirmou o porta-voz do movimento, Júlio Roldão.

A recolha de assinaturas decorreu entre 6 de setembro e 7 de outubro e, entre os signatários, destaque para o arquiteto Álvaro Siza Vieira, a cientista Maria de Sousa, o médico Manuel Sobrinho Simões, o presidente do FC Porto, os artistas e escritores Carlos Tê, João Bicker e Manuela Espírito Santo e o bastonário da Ordem dos Médicos.

O abaixo-assinado vinca que é “tempo de agir”, romper o impasse e avançar de imediato com a construção da nova ala pediátrica.

O que os signatários reclamam do Governo são as ações necessárias ao desbloqueamento do processo e ao imediato início das obras, em favor “do supremo e inadiável valor” que são as crianças, a saúde das crianças do Porto, da região e do país.

“Ninguém quererá que a nova ala pediátrica do Hospital São João, já dotada de financiamento, possa eternizar-se sem qualquer avanço. Os dez anos que leva de instalações precárias em contentores adaptados para três anos de vida são muito tempo”, lê-se no documento.

Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde aprovou a construção da ala pediátrica, anunciando um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

O Governo autorizou a 19 de setembro a administração do Centro Hospitalar Universitário de São João a lançar o concurso para a conceção e construção das novas instalações do Centro Pediátrico.

A ministra da Saúde afirmou na terça-feira no parlamento que não dormirá tranquila enquanto o problema da nova ala pediátrica do hospital de São João não estiver resolvido, mas não se comprometeu com datas e rejeitou a possibilidade de um ajuste direto para a obra.