Depois de várias horas de operações em torno dos destroços do avião da Jeju Air, que se despenhou no aeroporto de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, as autoridades confirmam a morte de 179 pessoas.

"Dos 179 mortos, 65 foram identificados", explicaram os bombeiros, citados pela AFP, especificando que os testes de ADN vão continuar.

As equipas de emergências conseguiram resgatar dois sobreviventes, nomeadamente dois tripulantes retirados do avião em chamas logo após a aterragem de emergência.

A bordo seguiam 181 pessoas.

De acordo com a polícia e bombeiros, o avião, um Boeing 737-8AS vindo da capital da Tailândia, Banguecoque, colidiu com uma vedação de betão e incendiou-se.

As autoridades aeroportuárias disseram que o avião estava a tentar uma aterragem forçada, após uma primeira tentativa de aterragem ter falhado, devido a uma avaria do trem de aterragem, possivelmente causada pela colisão com um pássaro.

No entanto, o avião não terá conseguido reduzir a velocidade até chegar ao fim da pista, o que provocou a colisão com a vedação e o incêndio.

Em declarações aos jornalistas este domingo, o CEO da Jeju Air garantiu que "a manutenção deste avião foi efetuada de acordo com o programa de manutenção" e que "não havia qualquer sinal de anomalia" a registar.

"Quero apresentar as minhas sinceras condolências e desculpas aos passageiros que faleceram devido a este acidente e aos seus familiares", começou por dizer o CEO da Jeju Air.

"A Jeju Air levará a cabo todos os esforços para resolver rapidamente esta situação e apoiar os familiares dos passageiros", garantiu ainda.

Este é já um dos desastres mais mortíferos da história da aviação da Coreia do Sul.

A última vez que o país sofreu um desastre aéreo de grande escala foi em 1997, quando um avião da companhia aérea sul-coreana Korean Airline se despenhou no território norte-americano de Guam, matando as 228 pessoas a bordo.

*Com Lusa e AFP