Luís Montenegro falava aos jornalistas no final de uma reunião com mais de 20 economistas, em que participou também o líder do CDS-PP Nuno Melo, e dirigentes dos dois partidos que irão às legislativas em coligação com o PPM, a Aliança Democrática (AD).
Já com um painel da AD por trás, de cor azul com apontamentos laranja e os símbolos dos três partidos e Nuno Melo ao lado, Montenegro reiterou a prioridade à descida, em termos de impostos, do IRS para a classe média e para os jovens (que pagariam um terço até aos 35 anos).
No entanto, comprometeu-se igualmente a “retomar o compromisso quebrado pelo PS” de descer o imposto sobre as empresas, o IRC, que teria uma redução progressiva em três anos de 21% para 15%.
Questionado como financiará estas medidas, o presidente do PSD remeteu todas as contas para um quadro macroeconómico que a coligação apresentará “nos próximos dias”, antes do programa eleitoral, mas deixou desde já uma garantia.
“A trave mestra das nossas propostas é o sentido de responsabilidade, não vamos alinhar em leilões de propostas,”, assegurou.
O presidente do PSD afirmou que todas estas medidas de redução fiscal — já apresentadas antes pelo partido — vão “encontrar respaldo no quadro macroeconómico que será suficientemente prudente para ser credível e exequível”.
Montenegro disse não ignorar as incertezas internacionais do ponto de vista económico e geopolítico, mas assegurou que as propostas da AD “não vão penalizar de maneira nenhuma o equilíbrio das contas públicas”.
“O nosso objetivo é ter contas públicas equilibradas”, disse.
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