A dirigente sindical, que prestou declarações à porta do Hospital de São José, em Lisboa, referiu que o início de greve está a ser “muito bom”.
“Tendo em conta os objetivos da greve e o sentimento que grassa na administração pública, o descontentamento vai levar a que a participação seja muito grande”, disse.
Ana Avoila afirmou que no hospital de São José a adesão à greve é de 100 por cento, tal como na Estefânia ou nos hospitais em Braga, Bragança, Famalicão e Guimarães.
“No Porto, só há os serviços mínimos. O Garcia de Orta, em Almada, o Barreiro e os hospitais de Coimbra também estão com o mesmo nível de adesão”, afirmou.
No hospital São Francisco Xavier a adesão é de 95 por cento, em Santa Maria de 80 por cento e na Maternidade Alfredo da Costa de 75 por cento, enquanto que no Amadora-Sintra a adesão é de 100 por cento, sendo considerado pela dirigente sindical como um “sítio muito difícil” de conseguir estes níveis.
Ana Avoila disse que o Orçamento do Estado fica “muito muito aquém do necessário” no momento.
“O que vem é muito pouco. Fica tudo congelado exceto uma parte das progressões nos escalões, é mais aquilo que tiram do que aquilo que dão”, concluiu.
Em causa na greve nacional está a falta de respostas às reivindicações da Frente Comum, como o aumento dos salários na função pública, o descongelamento "imediato" das progressões na carreira e as 35 horas semanais para todos os trabalhadores.
Esta é a segunda greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública com o atual Governo e a primeira convocada pela Frente Comum de Sindicatos, segundo a listagem cedida pela estrutura sindical.
A primeira greve com o executivo de António Costa ocorreu em 29 de janeiro de 2016 e foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública. Em causa estava a reposição das 35 horas semanais de trabalho.
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