A declaração é do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, numa entrevista à ABC News, em que condicionou a ajuda a longo prazo ao comportamento dos talibãs.

“Depende de honrarem ou não os seus compromissos: os compromissos para uma saída segura dos norte-americanos e aliados afegãos, para não permitir que o Afeganistão se torne numa base a partir da qual os terroristas possam atacar os EUA ou qualquer outro país, de honrar as suas obrigações internacionais”, vincou.

Sullivan salientou que os EUA vão esperar para ver as ações talibãs antes de decidirem como responder “em termos de assistência económica e desenvolvimento”.

Entretanto, o governo norte-americano vai continuar a enviar ajuda humanitária aos afegãos através de instituições internacionais como a Organização Mundial da Saúde ou o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas e de organizações não-governamentais (ONG) que ainda operam no país: “não será através do governo” dos talibãs, garantiu Sullivan.

O conselheiro de Segurança Nacional recordou que, após completar a retirada militar na segunda-feira, a missão militar dos EUA no Afeganistão terminou, mas não a missão diplomática, cujo principal objetivo é retirar os 100 norte-americanos que permanecem no país e os aliados afegãos.

Nesse sentido, assegurou que Washington tem “influência” sobre os talibãs para assegurar que todos os norte-americanos que permanecem em solo afegão possam partir.

Sullivan disse que entre 5.500 e 6.000 norte-americanos foram retirados do Afeganistão nas últimas semanas. Os cerca de 100 restantes foram repetidamente contactados pelas autoridades para se deslocarem para o aeroporto de Cabul ou para um ponto de encontro.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, tem agendado um discurso ainda hoje para justificar a sua decisão de não prolongar a presença das tropas no Afeganistão para além de 31 de agosto.

Biden tem sido duramente criticado por alguns legisladores por ter abandonado cidadãos norte-americanos e colaboradores afegãos.

Sullivan foi questionado sobre o assunto e respondeu: “aqueles que criticam não são os que estão sentados na Sala de Crise [da Casa Branca] e não recebem as duras chamadas sobre ameaças que enfrentamos e os objetivos que estamos a tentar alcançar”.

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