Em comunicado, a Associação portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) afirma estar preocupada com o corte sugerido de 15% no financiamento do segundo pilar da PAC (Programa de Desenvolvimento Rural), “a que acresce a diminuição do cofinanciamento da União Europeia, aumentando a contribuição dos Estados-membros de 15% para 30% (…), enquanto se preveem aumentos do financiamento do primeiro pilar” (pagamentos diretos).

No segundo pilar está “o apoio aos jovens agricultores, à inovação, ao investimento e aos mercados. No primeiro pilar encontram-se os pagamentos diretos”.

“Ou seja, se pretendemos mudança, se quisermos incrementar e promover a agricultura biológica e promover a resiliência às alterações climática temos que apostar no Programa de Desenvolvimento Rural”, adianta.

Para a direção da Agrobio, a proposta é “um claro desinvestimento e retrocesso nestas áreas”, deixando aos estados-membros a “opção de investir ou não”.

“No âmbito da Estratégia do Plano de Ação Nacional para a Agricultura Biológica, a não serem dadas garantias ao real financiamento da agricultura biológica, vemos colocado em sério risco o desenvolvimento deste modo de produção, a adesão de novos agricultores e o aumento da produção biológica nacional”, concluiu.

A Comissão Europeia propôs a 01 de junho uma verba de cerca de 7,6 mil milhões de euros no Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027, a preços correntes, abaixo dos 8,1 mil milhões do orçamento anterior, com uma ligeira subida nos pagamentos diretos e cortes no desenvolvimento rural.

A preços correntes, para o QFP 2021-2027, está prevista uma verba de 4,2 mil milhões de euros no primeiro pilar e de 3,4 no segundo.

No arranque da PAC 2014-2020, Portugal recebeu 4,1 mil milhões de euros no âmbito do primeiro pilar, dos pagamentos diretos aos agricultores, e 4,082 mil milhões no segundo pilar (desenvolvimento rural).

De acordo com a Comissão Europeia, a PAC pós 2020 será dotada, globalmente, com um orçamento de 365 mil milhões de euros, prevendo uma nova forma de trabalhar, uma distribuição mais justa dos apoios, maiores ambições no domínio do ambiente e utilização intensiva dos conhecimentos e da inovação.

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