"A NASA está a abandonar uma oportunidade de lançamento (...) enquanto observa a previsão associada à tempestade tropical Ian", anunciou a agência espacial americana este sábado.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) indicou que Ian vai "intensificar-se rapidamente" no fim de semana, enquanto se move em direção à Flórida, sede do Centro Espacial Kennedy, de onde o foguetão gigante SLS (Sistema de Lançamento Espacial) será lançado.
No domingo, a equipa da Artemis 1 vai decidirá se devolve o foguetão ao prédio de montagem.
O SLS pode suportar rajadas de vento de até 137 quilómetros por hora. Contudo, se for guardado, vai ser perdida a janela de lançamento atual, que vai até 4 de outubro.
A próxima janela será de 17 a 31 de outubro, com possibilidade de descolar em qualquer dia, exceto entre 24 e 26 de outubro e 28 de outubro.
O SLS, de 98 metros de altura, é o mais potente foguetão da NASA com o qual os Estados Unidos pretendem levar novamente astronautas para a órbita da Lua, em 2024, e para a superfície em 2025, um ano depois do previsto.
Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo e todos homens, pisaram a Lua. A última vez foi em dezembro de 1972.
Problemas técnicos, como fugas de combustível e falta de arrefecimento de um dos motores principais, impediram a descolagem do SLS por duas vezes, a 29 de agosto e a 03 de setembro.
Tal como o SLS, a nave Orion, acoplada ao foguetão no topo, ficou em terra. O voo, sem tripulação, serviria para testar o desempenho e a segurança da nave na órbita da Lua antes de levar astronautas.
A Orion tem o maior escudo térmico alguma vez construído e foi projetada para permanecer no espaço mais tempo que qualquer outra nave para astronautas, sem acoplar a uma estação espacial.
Ao contrário do foguetão SLS – que não é reutilizável, pelo que terão de ser construídas várias unidades consoante as necessidades -, a nave Orion é parcialmente reutilizável.
O voo de teste do SLS faz parte da primeira missão do novo programa lunar americano Artemis, com o qual a NASA espera “estabelecer missões sustentáveis” na Lua a partir de 2028 com o intuito de enviar posteriormente astronautas para Marte.
Em 2025, se as datas não derraparem uma vez mais, os Estados Unidos querem colocar na Lua a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro.
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