
A delegação do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, liderada por Ri Hi-yong, membro do Politburo do Comité Central do Norte, aterrou na capital russa na segunda-feira, após um convite do Partido Rússia Unida, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Andrey Klimov, membro do Comité Supremo do Partido Rússia Unida e vice-chefe do comité de atividades estrangeiras do partido, recebeu a delegação norte-coreana à sua chegada ao aeroporto, disse a KCNA, sem fornecer mais detalhes.
A visita ocorre numa altura em que os Estados Unidos iniciaram negociações para pôr fim à invasão da Ucrânia por parte da Rússia, que tem contado com o apoio de milhares de tropas da Coreia do Norte no terreno.
O novo Presidente norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira que a prioridade era chegar a um acordo para pôr fim à guerra na Ucrânia, embora estivesse aberto a um cessar-fogo como passo preliminar para negociações mais profundas.
Desde que assinaram um tratado de defesa mútua, no ano passado, Pyongyang e Moscovo reforçaram a cooperação bilateral em matéria de defesa, economia, desporto e vários outros campos.
As relações entre a Coreia do Norte e a Rússia, que partilham apenas 20 quilómetros de fronteira, intensificaram-se em meados de 2024, com a primeira visita do Presidente russo, Vladimir Putin, a Pyongyang desde 2000.
De acordo com fontes sul-coreanas, ucranianas e ocidentais, Pyongyang forneceu a Moscovo grandes quantidades de munições em troca da transferência de tecnologia civil, espacial e militar.
Além disso, ambos os países assinaram um tratado estratégico que prevê a assistência militar mútua em caso de agressão e mais de 10 mil soldados norte-coreanos terão sido enviados para o território russo para combater as tropas ucranianas nas regiões fronteiriças russas.
Na segunda-feira, o Reino Unido anunciou o “maior pacote de sanções contra a Rússia desde 2022”, que visa empresas fornecedoras de componentes militares da China, Turquia e Índia, e oficiais militares da Coreia do Norte.
Horas antes, também os governos da Austrália e da Nova Zelândia reafirmaram o apoio à Ucrânia e anunciaram novas sanções contra a Rússia, visando mais de 200 indivíduos e entidades, no terceiro aniversário da invasão russa.
A Austrália impôs sanções financeiras a 79 entidades, incluindo as envolvidas na cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte.
A Nova Zelândia anunciou sanções contra 52 indivíduos e entidades envolvidas “no complexo militar-industrial da Rússia, no seu setor energético, no apoio da Coreia do Norte ao esforço de guerra da Rússia”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Winston Peters.
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