“Eu recuso que o meu país seja governado através de entendimentos entre socialistas e comunistas”, disse, sublinhando que a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) é um “escândalo”.
Alberto João Jardim falava na Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal, onde recebeu o Prémio Emanuel Rodrigues, galardão instituído este ano pelo parlamento regional para distinguir cidadãos ou conjuntos de cidadãos que, a título individual ou coletivo, tenham efetuado trabalhos no âmbito académico, literário, histórico, científico, artístico e jornalístico ou outros, que valorizem e relevem a importância da Autonomia e da identidade madeirense.
O antigo presidente do governo, que liderou os executivos social-democratas entre 1978 e 2015, sempre com maioria absoluta, foi selecionado pelo júri como vencedor da primeira edição do prémio.
“Está na altura de o país levar um safanão e o Governo [liderado por António Costa] cair. É a minha posição”, disse Alberto João Jardim em declarações aos jornalistas, reforçando que o OE2022 é um “escândalo” e representa o culminar de seis anos de governação socialista em que o poder político e os cargos da Administração Pública foram “partilhados com forças do fascismo comunista”.
Jardim afirmou também que a classe média está agora a “ganhar confiança” e manifestou o seu apoio às greves previstas em vários setores.
“A classe média não está para aturar mais esta situação de pagar impostos para pagar a subsidiodependência e criar não só eleitoral fixo ao Partido Socialista, mas criar também mão de obra barata para o grande capital”, disse.
E reforçou: “O sistema tem de levar um safanão”.
Alberto João Jardim manifestou, por outro lado, o seu apoio ao atual presidente do PSD, Rui Rio, considerando que, apesar de “não ter muito jeito para líder partidário”, será um “futuro grande primeiro-ministro”.
“O outro senhor [Paulo Rangel, que disputa a liderança do partido] não tem perfil nem para líder partidário nem para primeiro-ministro”, declarou.
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