O apresentador de rádio de extrema-direita e conspiracionista Alex Jones e o autoproclamado “dirty trickster” (trapaceiro sujo) Roger Stone receberam ordens para testemunhar ao lado de duas figuras chave do movimento “Stop the Steal” (Parem o Roubo) de Trump, além do então porta-voz do ex-presidente.

"O comité está a procurar informações sobre as manifestações e a posterior marcha até o Capitólio, que se transformou num ataque por uma multidão violenta ao Capitólio e ameaçou a nossa democracia", explicou o seu presidente, Bennie Thompson, em comunicado.

"Precisamos de saber quem organizou, planeou, pagou e recebeu os fundos relacionados a esses eventos, bem como quais comunicações os organizadores tiveram com funcionários da Casa Branca e do Congresso."

Jones, de 47 anos, e Stone, um ativo republicano de 69 anos, fizeram discursos na noite anterior ao atentado, instando os apoiantes de Trump a rejeitar os resultados da eleição, lembra o painel.

Thompson apontou que Jones promovia repetidamente as falsas alegações de Trump sobre fraude eleitoral e que instou os seus ouvintes a irem a Washington para a manifestação.

Por sua vez, Stone, cuja pena de prisão de 40 meses por mentir ao Congresso foi comutada por Trump em julho passado, usou membros do grupo de extrema-direita Oath Keepers como seguranças pessoais enquanto estava em Washington.

O painel já intimou vários ex-funcionários da campanha de Trump e do seu governo.

Milhares de partidários de Trump invadiram o Capitólio há 10 meses num esforço para anular a vitória eleitoral do presidente Joe Biden, em um motim que levou à morte de cinco pessoas e deixou dezenas de agentes da polícia feridos. Num discurso inflamado, o republicano havia encorajado os seus apoiantes a marchar até a sede do Congresso e "lutar".