Bruno Ferreira Costa, que é o novo porta-voz do partido, em conjunto com Daniela Antão, transmitiu à agência Lusa os resultados da reunião do Senado Nacional do Aliança, órgão máximo entre congressos, que se realizou hoje num hotel de Lisboa.
O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes mantém-se presidente do partido, com "total confiança e total empenho naquilo que é uma luta comum, pelo projeto, pelos valores, pelo programa, e em ambiente de otimismo", declarou.
No que respeita aos cargos partidários, Bruno Ferreira Costa, até agora vice-presidente, assume também as funções de diretor executivo do Aliança, que eram exercidas por Luís Cirilo, passando este a vice-presidente.
"Em relação aos porta-vozes, não havia, passam a existir dois", referiu.
Segundo o novo porta-voz, nesta reunião do Senado Nacional, que durou cerca de cinco horas e meia, "pese embora os resultados negativos" nas eleições legislativas de domingo passado, "que ficaram aquém das expectativas", houve "grande entusiasmo e crença no projeto do Aliança".
Bruno Ferreira Costa realçou "esta nota de crença e de otimismo" e de "continuidade do projeto".
Foi também aprovado o regulamento para as eleições para os órgãos distritais, a realizar no prazo de 60 dias, adiantou, salientando que que isso permite "colocar o partido com âmbito nacional e nas regiões autónomas".
Formalizado em outubro de 2018 junto do Tribunal Constitucional, o novo partido Aliança, fundado pelo ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes, estreou-se em eleições nas europeias de maio deste ano, após eleger os seus órgãos nacionais em Congresso, em fevereiro.
Nas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em 26 de maio, foi a sétima força política mais votada, com 61.652 votos, 2% do total, não elegendo nenhum eurodeputado.
Nas legislativas de domingo passado, também não conseguiu nenhum eleito e ficou em décimo lugar, com 39.318 votos em território nacional, 0,77% do total, quando faltam ainda apurar os votos nos círculos da emigração.
Na noite eleitoral, Santana Lopes admitiu que se o seu partido tivesse já 40 anos, seguiria o exemplo de Assunção Cristas, que anunciou que irá deixar a liderança do CDS-PP.
O antigo primeiro-ministro revelou que iria dizer perante o Senado do seu partido que estava ao dispor, para sair ou continuar, e afirmou que "a Aliança Continua" e "não é um projeto de uma só pessoa, é um projeto coletivo", declarando-se especialmente motivado face às eleições autárquicas de 2021.
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