Em comunicado, a Altice contraria a tese apresentada pela administração da SAD dos ‘azuis e brancos’, que rejeitou que tenha havido falhas energéticas, e fala numa “falha de energia na tomada elétrica do Estádio do Dragão”, tal como já tinha sido apontado pelo Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“Não foi detetada qualquer avaria no sistema de suporte ao VAR, nem se procedeu a qualquer substituição do mesmo. Assim que as equipas técnicas verificaram que a fonte de alimentação da UPS (Uninterrupted Power Supply) tinha esgotado a bateria, decorrente da falha de energia da tomada de alimentação disponibilizada pelo FC Porto, imediatamente ligaram uma segunda UPS, totalmente carregada, que possibilitou a restauração total dos sistemas e do respetivo serviço VAR”, refere a empresa em comunicado.
A Altice salienta que quando ocorreu a falha do sistema de videoarbitragem, e antes da utilização da segunda UPS, “foi comprovado no local, pelas equipas técnicas da Altice e do Futebol Clube do Porto, a existência de uma falha de energia na tomada elétrica do Estádio do Dragão”.
“De sublinhar que foi a redundância da sua infraestrutura, pela existência de uma segunda UPS, que permitiu retomar o sistema de videoarbitragem”, conclui.
Hoje, o FC Porto defendeu que não ocorreram falhas energéticas, rejeitando a ideia que a “tomada elétrica disponível na zona de revisão do estádio não possuísse energia socorrida”.
Os ‘dragões’ asseguraram também que há “um outro quadro elétrico com outra tomada disponível para utilização” e desmentiram a posição do CA da FPF, que tinha atestado a existência de “uma única tomada elétrica disponível” naquela área de revisão do recinto.
Atribuindo “toda a responsabilidade de montagem do sistema e ligação” aos técnicos da Altice, contratados pela FPF, o FC Porto explica que esse cabo conectado na origem à fonte de energia do estádio cedida pelo clube “não foi conectado aos equipamentos do VAR”, levando a que o sistema funcionasse através de baterias “desde o início do jogo”.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou ao início da tarde de hoje que vai pedir ao Conselho de Disciplina (CD) federativo a instauração de um processo de inquérito ao ‘apagão’ do sistema de videoarbitragem na partida entre FC Porto e Arouca.
Durante esse período, o árbitro Miguel Nogueira assinalou uma grande penalidade sobre o avançado iraniano Mehdi Taremi, do FC Porto, decisão que reverteria, após contacto telefónico com o VAR, sem que tivesse revisto as imagens do lance decorrido aos 90+6.
O ‘juiz’ da associação de Lisboa dirigiu-se, então, aos treinadores das duas equipas para revelar a decisão de reverter o penálti, ação contestada, após o apito final, pelo FC Porto, que “apresentou um protesto aos delegados da LPFP”, visando a anulação do encontro.
“Essa ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do jogo”, vincaram os ‘azuis e brancos’.
Depois deste episódio, o FC Porto voltaria a dispor de novo castigo máximo, que o luso-brasileiro Galeno desperdiçou, aos 90+15 minutos, antes de o brasileiro Evanilson selar o 1-1, aos 90+19, depois de o espanhol Cristo González ter adiantado o Arouca, aos 84.
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