O diretor-geral do INE, José Calenge, disse que concluídos hoje os 30 dias previstos para a realização do censo, houve a necessidade de alargara o prazo devido a constrangimentos iniciais com o pagamento de merendas aos agentes recenseadores, problemas de manuseio dos ‘tablets’, bem como dificuldades de acesso às zonas recônditas e difíceis devido ao período de chuvas.

O recenseamento teve início a 19 de setembro, por um período de 30 dias, mas as dificuldades apontadas obrigaram a estender o prazo de recolha mais quatro semanas.

Segundo José Calenge, “é fundamental e prudente que se garanta que todos os angolanos tenham a oportunidade de se serem recenseados”.

Independentemente dos constrangimentos anunciados, frisou, “o trabalho tem estado a correr”, apontando “muitos bons exemplos de superação”, com a recolha de dados já fechadas em algumas comunas das províncias do Cuanza Norte, Zaire, Huambo, Cuanza Sul, Lunda Sul, Malanje, Cuando Cubango, Uíje, Lunda Norte, Luanda, Moxico, Huíla e Cabinda.

O responsável frisou que apesar de ter sido alargado o prazo há províncias que poderão ter necessidade apenas de dois dias ou cinco, para a conclusão dos trabalhos.

“No entanto, esta decisão resulta de uma análise cuidadosa das operações em diversas regiões do país, garantindo que este processo que é crucial para o desenvolvimento necessário, se realize com a máxima abrangência possível”, frisou.

Este é o segundo recenseamento populacional que o Governo angolano realiza no período pós-independência, tendo o último ocorrido em 2014.