"Não se pode comparar uma coisa com a outra. Se fizer um inquérito de rua, tem mais pessoas saudáveis do que dentro de um hospital, pela simples razão de que, dentro do hospital há mais pessoas doentes", afirmou aos jornalistas António Costa, para explicar que o que o que é comparável nos rankings são "os níveis de qualificação de cada um dos alunos".
"Sabermos em que escolas se concentram os melhores alunos não é o essencial, o essencial é saber quais são escolas que permitem a qualquer criança progredir mais relativamente à bagagem que traziam de casa", esclareceu, adiantando que a missão da escola pública é "vencer a desigualdade".
"Qualquer criança que nasça em Portugal, seja em que família for, seja em que condições socioeconómicas forem, seja em que ponto do país for, tem de dispor das mesmas igualdades de oportunidades", disse.
O ministro da Educação, por seu turno, não se mostrou "fã deste tipo de rankings", justificando que "comparam escolas em meios socioeconómicos muito favorecidos com escolas em meios socioeconómicos não tão favorecidos", o que, para Tiago Brandão Rodrigues "acaba por transformar estas seriações cruas num instrumento que não tem riqueza de outros que têm outros indicadores e que valorizam os projetos pedagógicos das escolas".
Os dois governantes falavam à margem de uma visita às obras de ampliação da Escola EB 2,3 da Venda do Pinheiro, no concelho de Mafra.
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