O novo Diretor Executivo é Tenente-Coronel Médico dos quadros permanentes do Exército português e ocupa o cargo de Comandante do Agrupamento Sanitário e mantém atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar. Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, António Gandra d’Almeida foi, entre 2021 e o passado dia 31 de janeiro, Diretor da Delegação Regional Norte do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.

Da sua especialização académica e profissional destaca-se a formação complementar na Academia Militar, uma Pós-Graduação em Saúde Militar, o mestrado European Master in Disaster Medicine e a especialidade em Cirurgia Geral, bem como a Competência em Gestão de Serviços de Saúde, Emergência e Medicina Militar pela Ordem dos Médicos.

Durante o seu percurso profissional esteve colocado em diferentes unidades e órgãos do Exército e no Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) com funções de chefia e de coordenação. Da sua folha de serviços constam seis louvores, concedidos por membros do Governo, bem como por altas patentes das Forças Armadas.

Foi responsável pelas Vias Verdes da Região Centro do INEM, desde 2014 até 2019, e esteve à frente da instalação e coordenação da VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Barreiro, entre 2016 e 2018. Desempenhou funções de chefia de equipa em serviço de Urgência e participou em vários eventos multi-vítimas e de catástrofe, com funções de coordenação ou como operacional, a que se somam missões internacionais de apoio humanitário.

Colaborou em várias comissões do Estado-Maior do Exército, EMGFA e do Ministério da Saúde, entre as quais: Comissão de Trauma da ULSGE – Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho; Comissão de Remodelação do Serviço de Urgência da ULSRA – Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro; Comissão Nacional de Trauma; Comissão do Doente Crítico do Algarve; e Comissão Instaladora da Competência em Medicina Militar.

No comunicado enviado às redações, pelo Ministério da Saúde pode ler-se que "o Governo recebeu, ontem, terça-feira, dia 21, o relatório de atividades da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE – SNS) que será, agora, objeto de análise pelo Ministério da Saúde. No seu pedido de demissão, o Prof. Fernando Araújo solicitou para permanecer em exercício até este balanço ser entregue à tutela e, assim, terminadas as suas funções, o Ministério da Saúde procede, de imediato, à designação do novo Diretor Executivo do SNS".

A constituição da restante equipa da DE - SNS, cujos nomes serão submetidos à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), será anunciada "em breve".

Fernando Araújo ouvido hoje na comissão parlamentar de Saúde

O diretor executivo demissionário do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, vai ser hoje ouvido na comissão parlamentar de Saúde, a requerimento do PS, para explicar as razões que o levaram a pedir a demissão do cargo, após a ministra da Saúde ter dado 60 dias à organização para entregar um relatório com as reformas em curso.

Fontes da direção executiva do SNS (DE-SNS) indicaram que Fernando Araújo reuniu-se na terça-feira com representantes do Ministério da Saúde, que no comunicado desta manhã indica ter recebido o relatório de atividades da anterior direção.

Fernando Araújo anunciou a sua saída da liderança da DE-SNS, em conjunto com a sua equipa, no dia 23 de abril, alegando que não queria ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considerasse necessárias implementar.

No requerimento a solicitar a audição parlamentar, que foi aprovado por unanimidade, o grupo parlamentar socialista considerou ser “importante conhecer e perceber em concreto as razões que levaram à demissão de Fernando Araújo e o que ela significa sobre as intenções do Governo sobre a reforma em curso” no SNS.

A direção executiva iniciou a sua atividade em 01 de janeiro de 2023, na sequência do novo Estatuto do SNS proposto ainda pela então ministra Marta Temido, com o objetivo de coordenar a resposta assistencial de todas as unidades do SNS e de modernizar a sua gestão.