O alerta da AML, que tem funções como autoridade de transporte, surge no mesmo dia em que a empresa Transportes Sul do Tejo (TST) iniciou uma campanha para lembrar aos clientes a necessidade de continuarem a comprar os passes mensais, considerando que se "instalou na população um sentimento errado de que viajar de autocarro é gratuito".
Numa nota, a AML destacou que se mantém “a obrigatoriedade de todos os passageiros viajarem com títulos de transporte, condição indispensável à boa continuidade do serviço de transporte público de passageiros”.
A AML recordou que, para a prevenção da covid-19, estão a ser seguidas medidas como a alteração da entrada de passageiros no transporte rodoviário, que passou a fazer-se pela porta traseira.
Os títulos de transporte deixaram de ser vendidos a bordo e os passageiros deixaram de ser obrigados a validá-los, “para reduzir o risco decorrente do contacto entre passageiros, motoristas e outros trabalhadores”.
Também no Metro, Transtejo e Soflusa os canais de acesso passaram a estar abertos, “para minimizar a necessidade de contacto frequente de passageiros e trabalhadores com os validadores”.
Na sua campanha, a TST destaca que é necessária a compra dos títulos de transporte para que a empresa possa assegurar todos os postos de trabalho.
Segundo uma resposta escrita enviada à Lusa, a rodoviária da Península de Setúbal afirmou ter registado uma redução de cerca de 80% no número de passageiros, desde que foi declarada a pandemia da covid-19.
"A manutenção do sistema de transportes só é possível através de uma atitude cívica e ética de toda a população que diariamente utiliza e depende do transporte público para assegurar a sua mobilidade", considerou a transportadora.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
O continente europeu, com mais de 292 mil infetados e quase 16 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até quinta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.858, entre 64.059 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são desde quinta-feira o que tem maior número de infetados (mais de 85 mil).
Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).
Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
Comentários