Em declarações à Lusa, a escritora de livros infantis, que está com estatuto de vítima devido a ameaças e intimidações de que é alvo desde outubro por causa do livro “O Pedro gosta do Afonso”, lamentou que em pleno século XXI não consiga apresentar as suas obras.
Mariana Jones contou que quando ia apresentar o livro “O avô Rui, o senhor do Café”, sobre o percurso do empresário Rui Nabeiro, o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, que preside à “Habeas Corpus”, autodenominada associação de defesa dos direitos humanos, interrompeu-a imediatamente fazendo perguntas em voz alta.
“A partir daí não consegui falar mais e fui retirada do local por seguranças”, explicou, acrescentando que depois chegou a PSP.
A escritora contou que já imaginava que tal situação pudesse acontecer porque, há dois dias, o ex-juiz publicou um vídeo nas redes sociais a avisar que ia estar na apresentação da obra literária.
Este episódio não é uma situação isolada dado que, a 1 de junho, na Feira do Livro de Lisboa, Mariana Jones estava a apresentar este mesmo livro quando foi diretamente interpelada por um membro da “Habeas Corpus” que a apelidou de “promotora da homossexualidade infantil e pedofilia”.
Nessa sequência, a escritora apresentou queixa na PSP contra “ameaças e intimidações, estando o caso já na posse do Ministério Público.
Mariana Jones referiu que, após o que aconteceu hoje, vai fazer um aditamento ao processo.
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