Desde 2016 no Porto, com instalações junto à Praça Marquês de Pombal, "a forte adesão então verificada obrigou ao alargamento das instalações e das respostas", disse à agência Lusa o coordenador do projeto, Pedro Morais.
"Este novo espaço é direcionado a homens que têm sexo com homens, que é onde a epidemia tem atingido as taxas mais elevadas", explicou o responsável da Associação Abraço, sublinhando que, ainda assim, os dois gabinetes que irão funcionar na Rua da Torrinha "receberão qualquer pessoa que queira fazer o rastreio".
Pedro Morais referiu que, "em média, mensalmente, o centro comunitário presta apoio a 80 pessoas".
Este é "um número que tem vindo a crescer e que, com este novo espaço, vai permitir alargar para quatro o número de gabinetes de atendimento, o que fará com que se dê resposta a mais gente em menos tempo", destacou.
Para além da população a que se direciona, o novo centro de rastreio oferece mais respostas, correspondendo a projetos que ficaram em suspenso por falta de espaço nas primeiras instalações, surgindo agora a possibilidade de "criar dinâmicas de grupos e as consultas de psicologia", disse.
Com cinco profissionais fixos, entre psicólogos, enfermeiros e técnicos educadores de paz, o centro conta ter outros colabores pontuais, para dinamizar os grupos e fazer o trabalho de divulgação.
Cofinanciado pela Direção-Geral de Saúde, o investimento no novo espaço é exclusivo da Abraço e vai funcionar de segunda a sexta-feira e pontualmente ao sábado, das 12:00 às 20:00.
Pedro Morais lembrou a dificuldade que foi encontrar "no coração de um Porto caótico em termos de alojamento" um espaço "para onde a população alvo se possa deslocar e com maior facilidade de acessibilidade", especificando que a procura durou dois anos.
Esta inauguração ocorre na semana em que se celebra o Dia Mundial da Luta Contra a Sida e na Semana Europeia do Teste VIH.
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