"As perdas financeiras da AAC vão rondar as centenas de milhares de euros apenas nos três meses que se avizinham", afirma a direção-geral da AAC, num comunicado enviado à agência Lusa, salientando o impacto do adiamento da Queima das Fitas - uma das principais fontes de receita da casa.
O adiamento da Queima das Fitas, que vai realizar-se em outubro, substituindo-se à Latada, "para lá de implicar a perda de receita associada à Festa das Latas e Imposição de Insígnias", apenas poderá permitir que em 2021 haja uma distribuição de verbas provenientes do evento.
Para além disso, "soma-se a incerteza de financiamentos a receber", tanto por parte de patrocinadores como do próprio valor a receber por parte do Estado, através do Instituto Português do Desporto e Juventude, refere a direção-geral, mostrando-se também preocupada com a situação financeira das secções culturais e desportivas e dos núcleos de estudantes.
Nesse sentido, a AAC vai avançar com a renegociação de todos os encargos contratuais da AAC e ativar "todos os mecanismos de financiamento de apoio ao associativismo disponíveis, solicitando apoios extraordinários às entidades parceiras locais e nacionais".
Segundo o comunicado, será também mantido o pagamento integral dos salários dos 25 funcionários da casa, enquanto permanecem "em casa junto das suas famílias".
"Tudo teremos de fazer para proteger os seus empregos e preservar as suas remunerações", vinca a direção-geral, liderada por Daniel Azenha.
A AAC "vive tempos de enorme esforço, como todas as instituições e famílias em Portugal, tendo a responsabilidade de preservar os seus postos de trabalho, analisar o seu orçamento e o impacto que este novo paradigma pode ter na sua capacidade de cumprir os seus compromissos", refere ainda a nota.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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