“A comunidade LGBT é bastante invisível. O inquérito será uma oportunidade para a comunidade LGBT+ manifestar as suas preocupações à grande comunidade de Macau”, afirmou à Lusa o porta-voz da Arco-Íris de Macau, associação que promove o inquérito online que estará disponível até 07 de novembro.
Segundo Jason Chao, esta pesquisa vai fornecer dados valiosos para as organizações não-governamentais se envolverem com o Governo de Macau em questões LGBT+.
“Socialmente, a estigmatização ainda é forte”, denunciou o ativista.
“Macau alega oficialmente que respeita e não discrimina as pessoas” com diferentes orientações sexuais, contudo, “na realidade, as políticas que defendem ainda são discriminatórias”, disse, sem precisar.
No domingo, cerca de 200.000 pessoas oriundas de um pouco por toda a Ásia marcharam na habitual parada gay em Taiwan, desta vez para celebrar o facto de o país insular se ter tornado na primeira nação asiática a legalizar, em maio de 2019, o casamento de casais do mesmo sexo.
Macau, acredita o ativista, tem condições para legalizar o casamento de casais do mesmo sexo. “É só uma questão de tempo”, disse.
“Estou certo de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo chegará a Macau e a outros lugares da Ásia”, afirmou, já que, no seu entender, as sociedades da Ásia estão a tornar-se mais abertas.
“As gerações conservadoras perderão a sua influência mais cedo ou mais tarde e o papel da Associação Arco-Íris de Macau é fazer com que isso aconteça mais cedo”, concluiu.
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