Os ativistas do grupo "concentraram-se à frente da sede da empresa e fizeram várias tentativas para entrar no edifício com calma e tranquilidade, enquanto a polícia fez o seu trabalho de proteger a EDP, empurrando os manifestantes e exibindo cassetetes à frente da sede", referiu o grupo em comunicado enviado às redações.

"Ontem, a população recebeu um lembrete de que nos projetos de energia o governo e as empresas trabalham em colaboração íntima e orgânica. São esses projetos em que grandes empresas multinacionais estão envolvidas. Houve buscas, detenções e demissões. A EDP está no centro desta crise política (como está no centro da crise climática em Portugal). Mas não houve buscas, detenções ou demissões na sede da EDP. Aliás, para o CEO da EDP, foi um dia tranquilo em que ganhou 5 mil euros (como ganha todos os dias)", denunciam.

Com a manifestação de hoje, o Climáximo afirma querer trazer uma pergunta a debate público: "se não forem as pessoas normais, quem vai responsabilizar a EDP pelos seus crimes climáticos vestidos de negócios?"

"Quando dizemos que os governos e as empresas declararam guerra contra a sociedade e o planeta, e quando dizemos que isto é um ato deliberado e coordenado, estamos a falar não só da aliança orgânica entre governos e empresas para destruir tudo que amamos, mas também da colaboração ativa das forças do Estado para defender as empresas das pessoas comuns", disse uma das manifestantes.

O Climáximo anunciou também "um novo ciclo de ações para começar no fim de novembro".