“Propus ao Presidente da República que as eleições legislativas sejam realizadas o mais rapidamente possível”, afirmou Kurz numa conferência de imprensa.
O líder do partido de extrema-direita FPÖ e número dois do Governo austríaco, Heinz-Christian Strache, anunciou hoje a sua demissão do Governo, depois das revelações de ligações comprometedoras com a Rússia envolvendo a adjudicação de contratos públicos em troca de apoio financeiro.
Segundo as informações divulgadas na sexta-feira por dois jornais alemães, foi gravado a prometer a uma suposta sobrinha de um milionário russo a adjudicação de contratos públicos em troca de apoio financeiro, noticiaram os ‘media’ internacionais.
Strache propõe também adquirir o jornal mais influente da Áustria e substituir alguns jornalistas por outros, simpatizantes da extrema-direita.
“Os jornalistas são de todas as formas as maiores p*tas do planeta”, disse Strache, segundo transcrições publicadas nos dois jornais.
Milhares de austríacos concentraram-se hoje junto à Chancelaria Federal para exigir eleições antecipadas.
Heinz-Christian Strache, líder do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) de extrema-direita, formou Governo com o chanceler conservador Sebastian Kurz em dezembro de 2017.
O escândalo acontece a poucos dias das eleições europeias, que se realizam a 26 de maio.
O FPÖ é provavelmente o mais antigo partido de extrema-direita nacionalista da União Europeia, fundado em 1956 por um antigo oficial das SS e declaradamente nacionalista, conservador e eurocético.
De acordo com as mais recentes projeções para as eleições europeias, o FPÖ registava 23,5% das intenções de voto, o que poderá representar a eleição de cinco eurodeputados.
A Áustria elege 18 dos 751 deputados do Parlamento Europeu.
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