Em declarações aos jornalistas ao final da manhã em Loures (distrito de Lisboa), Bernardino Soares defendeu que “apenas uma maioria reforçada da CDU pode afastar “qualquer cenário de ingovernabilidade na Câmara Municipal de Loures”, acusando o PS e o PSD de tencionarem criar “instabilidade e boicotar o funcionamento da Câmara após as eleições".
“Nestas eleições há dois factos novos. Temos uma candidatura do PS que se exclui de qualquer conversação. Por outro lado, temos o PSD cujo discurso do ódio é incompatível com qualquer entendimento. Por isso é que dizemos que não podemos ficar num beco sem saída. Para isso é necessário reforçar a maioria da CDU”, afirmou o candidato comunista e atual presidente da autarquia.
No seu discurso, Bernardino Soares foi especialmente crítico à candidatura do social democrata André Ventura, que acusou de trazer um discurso de ódio para o concelho.
“Nós precisamos de dizer com clareza que o concelho de Loures não precisa do discurso do ódio que trouxe para a campanha eleitoral a campanha do PSD. Esse discurso do ódio, essa agressividade e arrogância não trazem nada de positivo, nem ao concelho nem à Câmara Municipal”, apontou.
Relativamente à candidatura socialista, Bernardino Soares acusou Sónia Paixão de querer fechar portas a um entendimento pós-eleitoral.
“O que vimos já em várias declarações é a total indisponibilidade para qualquer entendimento, o que quer dizer é que daquele lado também existe um bloqueio que queremos ultrapassar com esta maioria reforçada”, argumentou.
Nas eleições autárquicas de 2013, Bernardino Soares foi eleito presidente da Câmara Municipal de Loures com 34,74% dos votos (5 mandatos) tendo estabelecido um acordo de governação com o PSD.
Nas próximas eleições autárquicas, marcadas para 01 de outubro, concorrem à presidência da Câmara de Loures o atual presidente do executivo, Bernardino Soares (CDU), Sónia Paixão (PS), André Ventura (PSD/PPM), Fabian Figueiredo (BE), Pedro Pestana Bastos (CDS-PP), Ana Sofia Silva (PAN), Mário Pontes (PDR/JPP), Nélson Batista (Nós, Cidadãos!), Bruno Gomes (PTP) e João Resa (PCTP-MRPP).
Comentários