No final de uma ação de campanha autárquica na Feira de Espinho, distrito de Aveiro, Catarina Martins foi questionada sobre as declarações de António Costa, enquanto secretário-geral do PS, que no domingo afirmou que “era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta insensibilidade” como a Galp demonstrou no encerramento da refinaria de Matosinhos, prometendo uma “lição exemplar” à empresa.

“O que é que pensará um trabalhador da refinaria da Galp quando ouve a mesma pessoa que impediu qualquer mudança que protegesse o seu emprego, uma vez despedido, a dizer que aquilo que não podia ter acontecido? A política não pode ser esse exercício de cinismo, a política tem de ser sobre soluções para a vida das pessoas”, condenou.

Lembrando que “há pessoas concretas” e “tantos trabalhadores que, de um dia para o outro, ficaram sem nada”, a líder do BE foi muito crítica nas palavras e avisou que “não se pode brincar assim com a vida das pessoas”.

“Sim, o Estado devia ter impedido aqueles despedimentos e quando eu questionei António Costa no parlamento ele disse que não ia fazer nada”, referiu.

Por isso, segundo Catarina Martins, o primeiro-ministro “não pode agora estar chocado com aquilo que quis”.

"Eu estava a ouvir António Costa a fazer as declarações sobre a Galp e pensava: bem, se quem pensa assim fosse primeiro-ministro e tivesse votado a proposta do Bloco de Esquerda para proibir os despedimentos, aí sim, tínhamos o país defendido", tinha começado por responder Catarina Martins aos jornalistas.

No comício de apoio à presidente do município e candidata do PS a um novo mandato, Luísa Salgueiro, António Costa considerou que o processo da empresa em Matosinhos constitui “um exemplo de escola de tudo aquilo que não deve ser feito por uma empresa que seja uma empresa responsável”.

“A Galp começou por revelar total insensibilidade social ao escolher o dia 20 de dezembro, a cinco dias do Natal, para anunciar aos seus 1.600 trabalhadores que iria encerrar a refinaria de Matosinhos”, apontou.

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