“Feita a minha reflexão pós-eleitoral, entendi que o término dos meus mandatos como presidente de Câmara e a candidatura à Assembleia Municipal encerram o meu ciclo político em Celorico de Basto”, lê-se num documento escrito por Joaquim Mota e Silva enviado hoje à agência Lusa.

Segundo o autarca, “este é o momento de abrir espaço para que surjam novos protagonistas e se dê início a um novo ciclo político no concelho”.

Por isso, acrescenta Joaquim Mota e Silva, “apesar de todos os apoios e incentivos para avançar com uma lista à presidência da Assembleia Municipal” decidiu não apresentar candidatura.

O presidente cessante da câmara, que esteve 24 anos na autarquia (12 como vereador e 12 como presidente) sublinha que estará sempre “disponível para dar contributo” à sua terra.

“Julgo que, neste momento, esta é a melhor forma de o fazer. A prioridade é e será sempre Celorico”, concluiu.

Joaquim Mota e Silva não se pôde recandidatar à presidência da câmara nas eleições autárquicas de 26 de setembro, devido à limitação de mandatos, tendo encabeçado a lista do PSD à Assembleia Municipal, que ficou em segundo lugar, atrás do PS, com menos 95 votos, mas assegurando a eleição do mesmo número de mandatos (nove) que os socialistas.

O PSD conquistou a maioria absoluta para a assembleia municipal (AM) graças aos 11 presidentes de junta eleitos por aquele partido nestas autárquicas, que têm assento na AM, por inerência.

 Nas eleições autárquicas de 26 de setembro, segundo os dados provisórios do Ministério da Administração Interna, em Celorico de Basto, no distrito de Braga, para a Assembleia Municipal o PS obteve 39,19% dos votos (nove mandatos), o PSD 38,42% (nove mandatos) e o movimento Cidadãos Independentes por Celorico (CIC) 14,33% (três mandatos).

Já para a Câmara Municipal, o PSD venceu as eleições com 44,8% (três mandatos), o PS 37,88% (três mandatos) e o CIC 12,17% (um mandato), tendo sido eleito como presidente José Peixoto Lima.