Numa manhã de campanha dedicada ao Bom Sucesso, no extremo norte do concelho, onde visitou a praia da Costinha e almoçou num restaurante da freguesia, o ex-primeiro ministro e ex-presidente da Câmara prometeu, “em absoluto, descentralizar para as freguesias”, à semelhança do que fez quando presidiu ao município entre 1997 e 2001, em que “fez mais fora do que dentro da cidade” da Figueira da Foz.
Constatando os “maus acessos” à praia da Costinha e a falta de reflorestação depois do grande incêndio de 2017, Pedro Santana Lopes reconheceu que, nestas zonas, “as pessoas se sentem revoltadas com esse esquecimento e há muito trabalho a fazer”, lembrando que, apesar de “poucas”, “há zonas onde o saneamento ainda não chegou”.
Entre as prioridades, o candidato independente quer ter “a funcionar todos os dias” as extensões de saúde do concelho, prometendo tudo fazer para as dotar de profissionais de saúde.
Defensor de uma política desconcentrada, Santana Lopes defendeu que, nas zonas mais esquecidas, “parece que se gasta lá mais dinheiro a levar lá o saneamento, a água ou as vias de comunicação, mas a prazo é mais produtivo, porque se se desertifica o território abandona-se e é uma política errada”.
No penúltimo dia de campanha, prometendo encerrá-la fora da sede do concelho, Pedro Santana Lopes apelou ao voto, por considerar que “é preciso combater a abstenção e a Figueira mostrar ao país que está crente no seu futuro”.
Às eleições autárquicas de domingo, na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, concorrem Bernardo Reis (CDU), Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), Pedro Santana Lopes (Figueira a Primeira) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.
O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD.
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