"Acho que até mesmo na Volta a Portugal, o ciclista menos qualificado pensa que vai ganhar, se não nem corria. Mas eu tendo ganhado em Gondomar cinco vezes [três pelo PSD e duas como independente], tenho de estar convencido que vamos ser os mais votados (…). As pessoas estão saudosas do meu regresso", disse o candidato.
Valentim Loureiro falava aos jornalistas numa conferência de imprensa marcada para dar conta de que o Tribunal Constitucional (TC) aceitou o recurso feito pela sua candidatura e validou as listas antes recusadas pelo Tribunal Judicial da Comarca do Porto - Juízo Local Cível de Gondomar: Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia de Fânzeres/S. Pedro da Cova, Rio Tinto e Melres/Medas.
O candidato, que usa como ‘slogan' "Valentim Loureiro - Coração de Ouro", considerou que a aceitação pelo TC é "uma decisão dos tribunais, mas uma derrota política para os seus concorrentes", frisando sempre estar a referir-se em específico ao PS e PSD.
"Os nossos concorrentes posicionaram-se neste processo apresentando todos os recursos possíveis e imaginários para evitar que fossemos a eleições (…). Queriam mais uma vez - porque isto já aconteceu há quatro anos [referindo-se à candidatura de Fernando Paulo, independente que era apoiado pelo movimento de Valentim Loureiro] - ganhar na secretaria, mas não conseguiram", referiu, fazendo de seguida um balanço do que tem sentido nas ruas.
"Não tenho sondagens. As minhas sondagens são o que as pessoas me dizem na rua. E nos encontros de rua as sondagens são excelentes e penso que agora melhorarão, porque as pessoas deixaram de ter dúvidas sobre o avanço das listas", acrescentou.
Valentim Loureiro voltou a frisar a ideia de que "não é candidato contra ninguém", mas deixou um aviso: "Eu candidato-me pelos gondomarenses porque estou convencido de que se formos eleitos, faremos algumas coisas melhor. Algumas, porque quem cá está não faz tudo mal. Não me ouviram críticas, nem ouvirão, desde que não me provoquem", disse.
Questionado sobre possíveis acordos pós eleitorais, respondeu que a sua candidatura "está aberta para falar com todos", mas o "grande acordo" que quer fazer é com os funcionários da câmara.
"Há um acordo muito grande que quero fazer: com os funcionários da câmara. Dos quadros mais elevados aos mais modestos. Podem ter a certeza que connosco apenas têm de ser eficientes do ponto de vista técnico e terão total liberdade do ponto de vista político (…). Não perseguimos ninguém", disse.
Já à pergunta sobre se ficará como vereador caso não seja eleito, respondeu referindo que "do futuro" só gosta de falar "quando as coisas se aproximam" e sobre ações de campanha garantiu que vai "manter o foco nas pessoas".
"Neste momento, a minha convicção é de que nós vamos ganhar a câmara. Se não ganharmos, analisaremos as situações (…). A nossa campanha tem sido uma campanha sem grandes meios publicitários ao contrário das outras que inundam as praças com brindes. Nas campanhas eleitorais, o que eu gosto mesmo é de falar com as pessoas (…). Não vou cá trazer primeiros-ministros e não é porque sou independente. É porque nunca precisei de trazer em nenhuma campanha minha", disse.
São candidatos a Gondomar, distrito do Porto, o atual presidente da câmara Marco Martins (PS), Rafael Amorim (PSD/CDS-PP), Valentim Loureiro (Independente), Daniel Vieira (CDU) e Rui Nóvoa (Bloco de Esquerda).
O executivo da Câmara de Gondomar é composto por sete eleitos pelo PS, três eleitos pelo PSD/CDS-PP (um dos quais se tornou independente durante o mandato) e um eleito da CDU.
As eleições autárquicas realizam-se a 1 de outubro.
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