“Face às chuvas que se fazem sentir desde a madrugada do dia 24 de março do ano em curso, a cidade de Maputo encontra-se com algumas vias de acesso intransitáveis, pátios e salas de aulas alagadas, facto que condiciona o decurso normal das aulas em quase toda a cidade”, refere-se em comunicado da Secretaria de Estado de Maputo.
A suspensão da atividade letiva vai durar até ao próximo dia 29 e visa garantir a segurança dos alunos e formandos, lê-se no comunicado.
Pelo menos quatro pessoas morreram, duas ficaram feridas e outras 12.740 foram afetadas pela chuva intensa registada no sul de Moçambique, segundo dados Centro Nacional Operativo de Emergência (Cenoe).
O mau tempo, que se abateu sobre as províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, causou ainda a destruição total ou parcial de 11 casas e inundou outras 9.985, tendo as autoridades criado, nas três províncias, um total de 27 centros de acolhimento, que agora albergam pelo menos 7.658 pessoas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) prevê que o tempo melhore para sul do país, mas alerta para chuvas moderadas a fortes, a partir de terça-feira, em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte de Moçambique.
Dados gerais do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) apontam para um total de 135 óbito e mais de 130 mil pessoas afetadas na atual época da chuva, que decorre entre outubro e abril.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época da chuva.
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