As doenças cerebrovasculares (AVC) estiveram na origem do maior número de mortes em 2022, com 9.616 óbitos de residentes por AVC, que representaram 7,7% do total, segundo o INE.
“A taxa de mortalidade por doenças cerebrovasculares foi de 92,1 mortes de residentes por 100.000 habitantes, mais elevada do que em 2021 (92,2)”, destacou o Instituto.
As mulheres continuaram a ser as que, “de forma fatal”, foram mais atingidas por AVC, com uma relação de 75,8 óbitos de homens por cada 100 óbitos de mulheres. Mesmo tendo diminuído em relação ao ano anterior (77,8), este indicador “reflete o agravamento relativo da condição feminina”, na apreciação do INE.
“No conjunto das mortes por tumores malignos, destacaram-se 4.410 mortes de residentes causadas por tumores da traqueia, brônquios e pulmão, que representaram 3,5% do total de mortes de residentes e aumentaram 0,5% em relação ao ano anterior”, lê-se no documento hoje divulgado.
De acordo com o INE, estes tumores continuaram a atingir homens e mulheres “de forma muito diferente”, com taxas brutas de mortalidade de 64,5 mortes por 100.000 homens e de 21,9 óbitos por 100.000 mulheres, que resultam “numa relação de 268,7 óbitos de homens por 100 de mulheres”.
Em 2022, as doenças do aparelho respiratório que, de acordo com as normas da Organização Mundial da Saúde não abrangem a doença covid-19, causaram 12.114 mortes de residentes, mais 18,1% do que no ano anterior, “com impacto substancial no total de óbitos de residentes (mais 1,5 pontos percentuais)”. De 8,2% em 2021, passou para 9,7% em 2022.
Simultaneamente, verificou-se um aumento da taxa de mortalidade de 98,6 por 100.000 habitantes em 2021 para 116,0 por 100.000 habitantes em 2022.
“Quase 40% do aumento das mortes causadas por doenças do aparelho respiratório ficou associado ao aumento das mortes por pneumonia, com 4.488 óbitos em 2022, que representaram 3,6% da mortalidade ocorrida em 2022 (3,0% em 2021), e um aumento de 19,5% óbitos em relação ao ano anterior”, conclui o INE.
A covid-19 foi responsável pelo segundo maior número de mortes (7.769 óbitos), representando 6,2% da mortalidade em 2022, apesar do decréscimo de quase 40% no total de óbitos causados por esta doença.
“A diminuição do número de óbitos relativamente ao ano anterior refletiu-se numa redução substancial da taxa de mortalidade, de 124,5 óbitos por cada 100.000 residentes em Portugal em 2021 para 74,4 em 2022, mantendo-se mais elevada no caso dos homens (81,6) do que das mulheres (67,8)”, de acordo com os dados divulgados.
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