Segundo o “Relatório da Emissão Monetária” de 2022 divulgado hoje pelo BdP, “o número de contrafações da nota euro retiradas da circulação diminuiu 1,0% em comparação com 2021″, correspondendo o número de contrafações detetadas no país a 2,9% da quantidade detetada a nível mundial e a 3,0% da apreendida na área do euro”.
As notas contrafeitas eram sobretudo de 10 e 20 euros e, ao contrário do ano anterior, em 2022 foram identificadas mais contrafações da nota de 10 euros do que da nota de 20 euros.
Embora não tenha sido a denominação mais contrafeita, a quantidade de contrafações da nota de 50 euros retiradas da circulação aumentou 32,8%.
No que se refere às moedas, no ano passado foram apreendidas em Portugal 2.133 moedas contrafeitas, representativas de 0,9% do total retirado da circulação, continuando as contrafações da moeda de dois euros a ser as mais frequentes.
Para combater a contrafação, o Banco de Portugal realizou, no ano passado, ações de formação sobre a nota e a moeda de euro que reuniram 9.210 participantes e formou, por ‘e-learning’, 9.080 profissionais.
No ano em análise, o Banco de Portugal verificou a genuinidade e a qualidade de um total de 557 milhões de notas e de 79 milhões de moedas, tendo sido destruídas e incineradas, “com aproveitamento da energia elétrica gerada nesse processo”, 72 toneladas de notas inaptas para voltar a circular.
Esta verificação é feita também pelas instituições de crédito e empresas de transporte de valores, que processaram, em conjunto, seis vezes mais notas e 74 vezes mais moedas que o BdP. O cumprimento das regras a observar nesta atividade foi avaliado em 555 ações de inspeção realizadas pelo Banco de Portugal em todo o território nacional.
O banco central diz ter ainda valorizado, manualmente, 44.829 notas deterioradas, devolvendo aos seus apresentantes 1,6 milhões de euros, e analisado 215.946 notas neutralizadas por dispositivos antirroubo, no valor de 3,3 milhões de euros.
A nível mundial, em 2022 foram retiradas da circulação 376 mil notas de euro contrafeitas, ou seja, 13 contrafações por cada milhão de notas de euro genuínas em circulação.
“O número de apreensões situou-se num dos níveis mais baixos alcançados desde a introdução do euro, mas reflete um aumento de 8,4% relativamente ao ano anterior”, nota o BdP, referindo que “esta variação está presumivelmente associada à recuperação da atividade económica após o levantamento da maioria das medidas restritivas adotadas no contexto da pandemia de covid-19”.
Das contrafações, 96,6% foram apreendidas em países da área do euro, continuando as denominações de 20 e 50 euros a ser as mais contrafeitas: Representaram, em conjunto, quase dois terços do total retirado da circulação.
No ano passado, a nível global, também o número de contrafações de moedas de euro retiradas da circulação aumentou relativamente a 2021.
No total, foram apreendidas 229 mil peças, superando as 174 mil retiradas da circulação em 2021.
Ainda assim, o BdP enfatiza que, “considerando o total de moedas genuínas em circulação no final do ano, a quantidade de contrafações apreendidas permaneceu diminuta (0,0002%)”, sendo que “a moeda de dois euros continuou a ser o principal alvo dos contrafatores”.
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