Em declarações à Lusa, Varico Pereira disse que a intervenção avançará logo que o projeto tenha luz verde da Direção-Geral do Património Cultural e da UNESCO e que haja disponibilidade financeira.
“Estaremos a falar de perto de um milhão de euros, porque em causa está não apenas a demolição, mas também a recuperação de toda aquela zona, com a instalação de uma cafetaria no espaço em baixo e a criação de um centro interpretativo do Bom Jesus”, explicou.
Varico Pereira reconheceu que o bar, construído na década de 70 do século passado, “não tem nada a ver” com o resto do espaço e “foi sempre olhado como um corpo estranho”, pelo que considerou “normal” a recomendação da UNESCO para a sua demolição.
“É um cubículo em betão que descarateriza e ofusca o espaço e que não reunia condições de higiene e segurança. Se não fosse demolido, poderia estar em causa o título de Património Mundial, mas nós estamos já a trabalhar no projeto”, acrescentou.
Ressalvou que não está em causa o serviço de esplanada naquela estância, que continua a funcionar poucos metros ao lado.
O santuário do Bom Jesus do Monte foi classificado em julho de 2019 como Património Mundial da UNESCO.
Na altura, como hoje disse Varico Pereira, a UNESCO apresentou sete recomendações, entre as quais a demolição do referido bar.
“O bar estava concessionado, houve que negociar com o concessionário, tendo o acordo para o encerramento sido selado em dezembro de 2020”, disse ainda o “vice” da Confraria.
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