Joe Biden deverá ser o candidato democrata à Casa Branca, nas eleições de novembro próximo, depois da desistência, na passada semana, do seu principal, e já único, rival nas primárias democratas, o senador Bernie Sanders.
Barack Obama tinha prometido que não iria interferir na campanha das primárias democratas, apenas manifestando o seu apoio quando houvesse um candidato escolhido pelo seu partido.
“Acredito que Joe tem todas as qualidades que precisamos num presidente, neste momento”, disse Obama, num vídeo hoje divulgado, de quase 12 minutos, onde o ex-Presidente fala dele como “amigo íntimo”, elogiando a sua perseverança.
Obama e Biden tornaram-se amigos íntimos durante os dois mandatos em que ocuparam a Casa Branca, de 20 de janeiro de 2009 a 20 de janeiro de 2017, em que Biden foi o seu vice-Presidente.
Biden usou frequentes vezes o nome de Obama e a sua proximidade ao antigo Presidente como um dos argumentos de campanha eleitoral, apresentando-se como seu sucessor, nas políticas e nos ideais.
O apoio hoje manifestado a Biden marca o regresso de Obama à política presidencial, mais de três anos depois de deixar a Casa Branca.
Obama raramente fala diretamente sobre o seu sucessor, Donald Trump, e tem evitado interferir no rumo do seu próprio partido.
Ainda assim, tem acompanhado a corrida presidencial democrata de perto e hoje não escondeu que quer assumir um papel público mais ativo na campanha, apoiando Joe Biden, nomeadamente ajudando-o na recolha de fundos para tentar vencer Trump nas eleições de novembro próximo.
O apoio de Obama acontece um dia depois de Bernie Sanders ter também anunciado que estará ao lado de Biden, permitindo assim que todo o partido esteja ao lado do ex-vice-Presidente na tentativa de evitar que Donald Trump possa cumprir um segundo mandato.
No entanto, há ainda dois outros democratas de destaque que ainda não aprovaram formalmente a candidatura de Biden: o ex-Presidente Bill Clinton e a sua mulher e candidata democrata em 2016, Hillary Clinton.
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