O barco de salvamento financiado por Banksy foi apreendido pelas autoridades italianas depois de ter participado num esforço de salvamento migrantes no Mediterrâneo central, conta o The Guardian.
Nas redes sociais, a tripulação do MV Louise Michel afirma que o navio foi retido pelas autoridades italianas no porto de Lampedusa durante 20 dias, após um dia no mar e o salvamento de 37 pessoas.
"A nossa tripulação recebeu ordens para desembarcar todos os sobreviventes em Pozzallo, na Sicília. Como se previa que o tempo na rota seria demasiado mau para uma viagem segura, a nossa tripulação decidiu procurar abrigo perto de Lampedusa, onde, durante a noite, obtivemos autorização para desembarcar todos os sobreviventes", é referido.
"Mais tarde, fomos informados de que o navio está agora detido por não ter cumprido a ordem de desembarque na Sicília", acrescenta a tripulação, que descreve ainda a detenção do navio como um "jogo político".
Também no Instagram, Banksy afirmou que o navio de salvamento tinha "resgatado 17 crianças não acompanhadas do Mediterrâneo central" na segunda-feira à noite. "Como castigo, as autoridades italianas detiveram-no, o que me parece vil e inaceitável", acrescentou.
Já a 26 de março de 2023 o navio humanitário Louise Michel foi retido em Itália após resgatar 180 pessoas no mar, repetindo o caso do navio Geo Barents – da ONG Médicos Sem Fronteiras – que foi apreendido em fevereiro e posteriormente libertado.
Esta apreensão do navio surge poucos dias depois de um barco insuflável que transportava refugiados fictícios ter sido lançado contra a multidão durante uma atuação da banda de rock britânica Idles no festival de Glastonbury, uma intervenção concebida por Banksy e criticada no Reino Unido.
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