"A primeira reação é de muita gratidão para com o povo de Sintra. O povo de Sintra não se deixou enganar, soube distinguir o que era uma boa gestão, o que foram os investimentos, quem tem um projeto assente numa boa estratégia e valorizou esse programa", afirmou Basílio Horta (PS) à agência Lusa.
O autarca foi reeleito com 43,05% dos votos, conseguindo seis mandatos na câmara, contra os 29,01% de Marco Almeida (PSD/CDS-PP/MPT/PPM), que elegeu quatro vereadores, e os 09,43% da CDU, que manteve o vereador Pedro Ventura.
Nas eleições de 2013, Basílio Horta venceu as eleições pelo PS, por uma diferença de cerca de 1.700 votos, com quatro mandatos, à frente do independente Marco Almeida, também com quatro eleitos, do social-democrata Pedro Pinto, apenas com dois eleitos, e do vereador da CDU.
"Vou convidar Pedro Ventura para ter pelouros, uma maioria absoluta não pode ser poder absoluto", considerou o autarca reeleito, acrescentando que "o PSD será oposição", um estatuto que reputou de "muito importante em democracia".
O presidente da autarquia destacou que ainda que, além do executivo, dispõe de maioria absoluta na assembleia municipal, com 24 mandatos contra 20, contabilizando os presidentes de juntas de freguesia socialistas, depois da conquista de Casal de Cambra e de Sintra.
A candidatura de Marco Almeida segurou a presidência das juntas de Colares e da união de freguesias de São João das Lampas e Terrugem.
"Vamos manter a linha de rumo, continuar a controlar a despesa, em segundo lugar o investimento, e em terceiro lugar baixar os impostos, mais dois pontos no IMI, que assim ficará em 0,33", adiantou Basílio Horta.
A nova redução na taxa do IMI será incluída no próximo orçamento municipal e visa prosseguir a "linha de baixar impostos, desde que a estabilidade financeira se mantenha, para que até ao fim do mandato se chegue ao valor [mínimo] de 0,30", explicou.
"Temos uma série de projetos que vão entrar em obra, porque já estavam programados, como a Pousada da Juventude, a ribeira das Jardas e centros de saúde", apontou o autarca, estimando o lançamento "nos próximos seis meses de um largo conjunto de obras superior a quatro milhões de euros".
A par do projeto da Circular Poente ao Cacém, para ligar o Itinerário Complementar (IC) 19 à Autoestrada 16 (Cascais-CREL), Basílio Horta anunciou a criação do Gabinete de Mobilidade e Transportes, com o objetivo de encontrar soluções para o tráfego e o estacionamento na vila.
A constituição de "uma frota de transportes da câmara" e o estudo da acessibilidade aos monumentos da serra são também prioridades, bem como a realização de um Congresso das Atividades Económicas de Sintra, destinado a fomentar o investimento no comércio, indústria, agrícola e turístico.
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