A escola de condução de Chikushino, na cidade de Fukuoka, no sudoeste do país, começou recentemente a oferecer experiências de condução sob o efeito do álcool como parte de uma campanha da polícia para convencer os condutores "demasiado confiantes" a nunca beberem quando vão conduzir, conta o The Guardian.
A iniciativa surge por ocasião do 17.º aniversário da morte de três crianças da cidade — dois rapazes de quatro e três anos e a sua irmã de um ano — quando o carro da família foi abalroado por um funcionário da administração municipal que conduzia sob o efeito de álcool.
Os condutores que participaram na recente experiência incluíam dois repórteres do Mainichi Shimbun, um que bebeu e conduziu e outro que observou o seu colega como passageiro sóbrio.
O condutores foi convidado a percorrer três troços de estrada, com algumas particularidades, ao longo de uma hora, depois de ter ingerido várias bebidas com álcool.
O repórter do jornal que bebeu tinha as mãos frias, o ritmo cardíaco elevado e o rosto vermelho, mas disse que se sentia capaz de conduzir — um sentimento alegadamente expresso durante o interrogatório do condutor que causou a colisão fatal em 2006. Mas o instrutor de condução comprovou que, pelo caminho, acabou por entrar numa curva a uma velocidade superior depois de ter bebido e que, a certa altura, se tinha desviado para a faixa contrária.
Com isto, qual a conclusão? "Estamos a apelar às pessoas para gerirem adequadamente os riscos antes de beberem, como por exemplo não irem para o bar, partindo do princípio de que, uma vez embriagadas, são incapazes de fazer julgamentos normais", explicou Yoichi Furukawa, vice-chefe da divisão de fiscalização do trânsito da polícia da província.
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