"À semelhança do que já foi anunciado, este ano, para a China, com estas parcerias estamos a conquistar um novo mercado, também na Ásia, no nosso projeto de internacionalização", indicou o diretor-executivo da BIAL, António Portela, referido no comunicado a que a Lusa teve acesso.
Segundo a nota informativa, a farmacêutica sediada na Trofa (distrito do Porto) está confiante na escolha dos parceiros, esperando que os dois medicamentos sejam comercializados na Coreia do Sul a partir de 2020.
Para a importação, embalagem e comercialização de Zebinix (acetato de eslicarbazepina) na Coreia do Sul, a BIAL assinou um acordo de licenciamento exclusivo com a empresa WhanIn Pharm.
Este fármaco, aprovado em 2009 pela Comissão Europeia como terapêutica para adultos com crises epiléticas parciais, foi o primeiro medicamento de patente portuguesa e da BIAL a chegar ao mercado.
Comercializado também nos Estados Unidos desde 2014, tem aprovação no tratamento de crises epiléticas parciais em adultos, adolescentes e crianças a partir dos quatro anos.
No caso do Ongentys (opicapona), o mais recente fármaco de investigação BIAL, aprovado em junho de 2016 pela Comissão Europeia para tratar pacientes adultos com doença de Parkinson e flutuações motoras que não estão controlados com outras terapêuticas, foi estabelecido um contrato semelhante com a sul-coreana SK Chemicals.
Já comercializado na Europa, em países como a Alemanha, Reino Unido e Espanha, a empresa pretende lançar este medicamento noutros países europeus, incluindo Portugal.
A epilepsia é um dos distúrbios neurológicos graves mais comuns em todo o mundo, estimando-se que afete mais de 50 milhões de pessoas, tendo a Coreia do Sul cerca de 150.000 pacientes com esta patologia, segundo dados de 2016 recolhidos pelo Health Insurance Review & Assessment Service.
A mesma fonte estima que o país tenha cerca de 96.500 pacientes com Parkinson, doença que, de acordo com a Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA), atinge cerca de 6.2 milhões de pessoas a nível global.
A 09 de janeiro, a BIAL anunciou a comercialização do Ongentys na China, após um acordo de licenciamento exclusivo com a chinesa Wanbang - excluindo Hong Kong, Macau e Taiwan -, sendo este o segundo medicamento disponibilizado no mercado chinês, seguindo-se ao Zebinix.
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