Um alto responsável da presidência norte-americana precisou hoje que a reunião bilateral entre Joe Biden e Volodymyr Zelensky está prevista para domingo às 14:00 locais (05:00 em Lisboa).

O Presidente norte-americano “vai continuar a recordar o apoio firme e determinado dos Estados Unidos à Ucrânia”, acrescentou o mesmo responsável citado pela agência noticiosa AFP e que se exprimiu sob anonimato.

Biden está “impaciente de ter a oportunidade de voltar a contactar pessoalmente com Zelensky", declarou hoje Jack Sullivan, o seu conselheiro de segurança nacional.

Desde a sua chegada surpresa hoje à cimeira do G7 em Hiroshima (oeste do Japão), Zelensky manteve reuniões bilaterais com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, o Presidente francês Emmanuel Macron ou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Na sexta-feira efetuou uma escala na Arábia Saudita para participar numa cimeira da Liga Árabe, onde voltou a defender a causa do seu país face a Moscovo.

Ainda na sexta-feira, Joe Biden ultrapassou as suas reservas de longa data e disse estar pronto a autorizar outros países a fornecerem a Kiev aviões de combate F-16 de fabrico norte-americano, considerada uma decisão “histórica” pelo Presidente ucraniano.

Washington vai passar a apoiar uma iniciativa comum dos seus aliados para formar pilotos ucranianos nos F-16.

No decurso do treino, que deverá decorrer durante meses, os ocidentais decidirão o calendário de entrega dos aviões, o seu número e os países que os vão fornecer, acrescentou Sullivan.

O conselheiro diplomático de Biden assegurou que a doutrina norte-americana “não mudou”, e explicou que a "abordagem sobre a entrega de armas, de material e de treino aos ucranianos tem acompanhado as exigências do conflito”.

Indicou ainda que os F-16 estão incluídos nos equipamentos de que Kiev necessitará “no futuro” para “estar em condições de dissuadir e defender-se contra qualquer agressão russa” e para além das necessidades imediatas relacionadas com a contraofensiva ucraniana, anunciada desde há várias semanas.

A Casa Branca repetiu a posição norte-americana pela qual, e através da sua ajuda militar, incluindo aviões de combate, “os Estados Unidos não facilitarão, e não apoiarão, ataques em território russo”.

“Os ucranianos indicaram constantemente que estão prontos a respeitar esta posição”, assegurou Sullivan.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.