O presidente dos Estados Unidos começou por dizer: "Finalmente, o regime de Assad caiu". "Este regime brutalizou, torturou e matou literalmente centenas de milhares de sírios inocentes", acrescenta.
Sublinha igualmente que este é um momento de "oportunidade histórica para o povo em sofrimento da Síria construir um futuro melhor", mas que também é "um momento de risco e incerteza".
Biden prometeu ainda apoiar os vizinhos da Síria incluindo "a Jordânia, Líbano, Iraque e Israel", durante a transição de poder na Síria. "Falarei com os líderes da região nos próximos dias", reforçou.
“O Estado Islâmico vai tentar tirar vantagem de qualquer vácuo para restabelecer a sua capacidade e criar um refúgio seguro”, apontou o governante.
“Esta é a melhor oportunidade em gerações para os sírios construírem o seu próprio futuro, livres de oposição”, disse por fim.
Recorde-se que os rebeldes declararam hoje Damasco ‘livre’ do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.
O Presidente sírio, no poder há 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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