A sessão, por videoconferência, terá como tema principal os direitos humanos na Bielorrússia, após a expulsão de meios de comunicação estrangeiros naquele país no fim de semana, e a proibição de credenciação por parte de outros, revelou uma fonte diplomática.
Tal como na última reunião, que decorreu em privado em 18 de agosto, esta nova sessão será realizada por iniciativa da Estónia, que é atualmente membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, noticia a agência de notícias francesa AFP.
A reunião será informal, pelo que o seu formato permite aos membros do Conselho de Segurança não participarem.
Para a China e a Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança, os acontecimentos na Bielorrússia estão relacionados com a situação interna vivida naquele país e não ameaçam a paz internacional, pelo que o assunto não deve ser tratado pelo Conselho de Segurança.
Mais de 100 mil pessoas participaram no domingo, na capital, Minsk, na terceira marcha pacífica contra Lukashenko, que propôs mudar a Constituição, mas nega-se a dialogar com o Conselho Coordenador da oposição para uma transferência de poder.
Lukashenko, de 66 anos, dos quais 26 no poder na Bielorrússia, enfrenta um movimento de contestação inédito.
A crise foi desencadeada após as eleições de 09 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziu Lukashenko para um sexto mandato presidencial, com 80% dos votos.
A oposição denunciou a eleição como fraudulenta e milhares de bielorrussos têm saído às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko.
Os protestos têm sido reprimidos pelas forças de segurança, com milhares de pessoas detidas e centenas de feridos.
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