"Será um grande apoiante do Papa nesta reforma da igreja que [Francisco] empreendeu e em que precisa de gente que o apoie e que percorra também os caminhos que ele nos indica", disse o prelado à agência Lusa, em Fátima.
António Marto salientou que José Tolentino Mendonça é "uma mais-valia para o colégio dos cardeais, pois é uma figura muito significativa, muito relevante, na igreja e no meio cultural do país, quer no cargo em que estava no Vaticano".
Segundo o bispo de Leiria-Fátima, possivelmente o novo cardeal português, bibliotecário e arquivista da Santa Sé, transitará para um cargo "ainda mais adequado, conselho da cultura, em que desempenhará cabalmente todos os dotes e todas as qualidades notáveis, de que é portador".
O cardeal António Marto referiu ainda que era "expectável" a nomeação de José Tolentino Mendonça, "embora a data tenha sido uma surpresa do Papa Francisco, porque normalmente tem sido em datas mais solenes da liturgia da Igreja".
"Mas compreendo que tenho aliado também esta nomeação ao início do sínodo da Amazónia para dar relevo às suas coisas: ao colégio cardinalício e ao sínodo da Amazónia", sublinhou, destacando ser "significativo que o Papa Francisco já tenha nomeado três cardeais portugueses".
O arcebispo madeirense torna-se o sexto cardeal português do século XXI e o terceiro a ser designado no atual pontificado, passando a ser o segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício, logo após D. Dieudonné Nzapalainga, cardeal da República Centro-Africana, de 52 anos.
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