Em declarações aos jornalistas à margem da Mesa Nacional do BE, o deputado João Vasconcelos recordou que o partido já apresentou na sexta-feira um requerimento para solicitar esclarecimentos ao Governo.
"Nós consideramos que a situação é bastante grave, por isso solicitámos esclarecimentos ao Governo para apurar todas as responsabilidades, que medidas o Governo irá tomar e para saber se o sistema de vigilância se encontrava efetivamente avariado", afirmou.
Questionado se, além da responsabilidade política já assumida pelo ministro da Defesa Azeredo Lopes, o BE defende, para já, mais consequências políticas, o deputado salientou que estão a decorrer inquéritos, nomeadamente da Polícia Judiciária Militar, e remeteu mais perguntas para a audição parlamentar.
"Vamos aguardar tranquilamente a vinda do senhor ministro e aí colocaremos todas as questões, como penso que todas as outras forças políticas irão colocar", disse.
Os requerimentos para a audição de Azeredo Lopes - e no caso do PSD também do Chefe do Estado-Maior do Exército - deverão ser votados na Comissão de Defesa na próxima terça-feira.
O Exército revelou na sexta-feira que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, mas não divulgou quantidades.
Em comunicado para atualizar os dados apurados até ao momento sobre o assalto aos Paióis do Exército em Tancos, o ramo afirmou que não divulgará quantidades exatas do material furtado "para não investigar as investigações em curso".
Os trabalhos de contagem de materiais "foram elaborados pelo Exército na presença da Polícia Judiciária Militar, sendo do conhecimento das autoridades competentes e da tutela", acrescentou o Exército.
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