Numa pergunta enviada ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre a situação de incerteza no parque da Autoeuropa após anúncio de suspensão da produção entre setembro e novembro, o Bloco de Esquerda alertou que esta decisão da administração da empresa “tem consequências diretas na vida pessoal e familiar” dos trabalhadores.
“É essencial que os postos de trabalho sejam protegidos. A principal fonte de rendimentos destes trabalhadores e destas trabalhadoras é o seu salário e tem de ser preservado”, pode ler-se.
O BE recordou ainda que durante a pandemia foi criado o regime de layoff simplificado “que pretendia proteger não só os vínculos permanentes, como também os vínculos temporários, como é o caso dos contratos a termo”.
Para os bloquistas, “é urgente que a tutela tome uma posição e acompanhe esta situação, tendo como contrapartida de quaisquer apoios públicos a garantia de que nenhum trabalhador ou trabalhadora é despedido, como consequência desta situação”.
Assim, o Bloco de Esquerda perguntou ao ministério liderado por Ana Mendes Godinho se irá ser concedida a comparticipação do layoff à Volkswagen Autoeuropa e se pretende “interceder no sentido de garantir os trabalhadores não têm perdas de rendimento”.
“Que medidas vai o Governo implementar para assegurar que os trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen Autoeuropa e das outras empresas do parque não perdem os seus postos de trabalho”, questionou ainda, pretendendo ver esclarecido se o executivo vai impor como contrapartida “a qualquer apoio a conservação dos vínculos de emprego dos trabalhadores com vínculo precário”.
Os trabalhadores da Autoeuropa vão receber 95% dos salários e subsídios durante a aplicação do layoff na paragem de produção que terá lugar de 11 de setembro a 12 de novembro, anunciou na terça-feira a Comissão de Trabalhadores.
Já hoje, o ministro da Economia disse acreditar que a paragem da Autoeuropa vai ser menor do que a anunciada, destacando que o Governo está a trabalhar para minimizar o impacto da paragem no país e nas 30 empresas satélites.
Comentários