"O Guinness World Records publicou hoje os resultados de uma análise que conduziu ao cão mais velho de sempre, Bobi, um Rafeiro do Alentejo de Conqueiros, Portugal, que morreu em outubro de 2023", pode ler-se no site.

Assim, concluiu-se "que o GWR não tem mais as evidências necessárias para apoiar a reivindicação de Bobi como detentor do registo".

"Temos muito orgulho em garantir da melhor maneira possível a precisão e integridade de todos os nossos títulos", referiu Mark McKinley. "Na sequência das preocupações levantadas por veterinários e outros especialistas, tanto a nível privado como público, e das conclusões das investigações conduzidas por alguns meios de comunicação, considerámos importante abrir uma revisão do registo do Bobi".

Para determinar a idade do cão foram considerados "os dados do microchip provenientes do banco de dados do governo português, o SIAC", que, quando o animal foi chipado em 2022, "não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008".

"Sem qualquer evidência conclusiva disponível neste momento, simplesmente não podemos manter Bobi como detentor do recorde e reivindicar honestamente que mantemos os altos padrões que estabelecemos para nós mesmos", disse ainda o diretor de registos do GWR.

Segundo o Guinness, "o proprietário do Bobi foi informado das conclusões da revisão". O título tinha sido retirado temporariamente em janeiro.

Devido às dificuldades em determinar a idade de alguns animais, principalmente no que diz respeito à adoção de microchips nos mais velhos, para já o título não será atribuído a nenhum.

"Até lá, exigiremos provas documentais de todos os anos de vida de um animal de estimação, continuaremos a solicitar depoimentos de veterinários e testemunhas e também consideraremos dados de microchip, quando disponíveis", garantiu Mark McKinley.

"É por esta razão que ainda não estamos em condições de confirmar um novo detentor do recorde, embora certamente esperemos que a publicidade em torno do título do recorde incentive os donos de animais de estimação de todo o mundo a entrar em contacto", concluiu.